quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Dança, arte, universidade, necessidade.
Helena Katz, renomada pesquisadora de dança, considerada umas das maiores autoridades do Brasil nesta área no Texto “Visto de Entrada e Controle de passaportes da dança brasileira” inicia essa abordagem teórica com a seguinte frase, “O fato de a dança acontecer no corpo não habilita qualquer um que tenha um corpo a falar em seu nome”, O brasileiro por ser um povo em sua maioria muito alegre e comunicativo, e ter a dança como atividade presente em quase todas as suas grandes e pequenas manifestações populares, acaba ignorando a arte da dança como uma ciência, que como todas as outras também requer uma rede de conhecimentos e que seus profissionais devem ter, como em todas as profissões uma formação e uma valorização tal qual um Licenciado Professor de matemática ou um Médico clinico geral.
Ontem, eu e mais uma serie de pessoas cadastradas no Email do Fórum de dança do Ceará que consequentemente repassaram também para os seus amigos interessados, recebemos uma noticia especial, quase um presente fim de ano. Em um texto curto, porém emocionado a pesquisadora Rosa Primo, noticiava a Oficialização da reitoria da UFC para a criação do Curso de Graduação em Dança que terá o seu primeiro vestibular lançado em 2010 pela Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. A reação emocionada da Rosa Primo, do Jota Junior, da Cláudia Pires e dos vários e-mails sucessivos que foram chegando na minha caixa de entrada do Hotmail com a mesma novidade, é sensação de Vitória de uma batalha, foram longas reuniões, conversas, discurssões e reivindicações da classe para a concretização desse curso, a formação é sem dúvida fator determinante para um amadurecimento de uma classe profissional.
Talvez alguns pensem rapidamente que a dança cênica cearense ainda esteja engatinhando visto que A Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia é a instituição de ensino superior de dança mais antiga do Brasil, fundada em 1956é a Primeira Universidade de dança do Brasil Certamente tratando-se da dança atrelada ao mundo acadêmico no Ceará estamos realmente dando as primeiras engatinhadas, entretanto a dança Cênica Cearense possui longos anos de histórias e conquistas, o Ceará é atualmente uma referencia nacional em dança, pela eximia qualidade técnica dos seus bailarinos, suas Companhias e coreógrafos contemporâneos e suas buscas na pesquisa de linguagens próprias, seus importantes eventos de fomento a dança como a Bienal Internacional de Dança que foi criada em 1997 e já está na sua 7º edição, o Festival Nacional de Dança de Fortaleza que em 2010 completa seu 10º aniversario de existência, o extinto Colégio de Dança do Ceará, o atual Curso Técnico de Dança sediado no SESC Iracema, a Vila das Artes promovendo contínuas Oficinas de formação, enfim, são muitas ações talvez nunca imaginadas no inicio dessa caminhada quando há mais de 60 anos os Professores Hugo Bianchi e Regina Passos deram suas primeiras aulas de dança em Academias particulares, escolas, e instituições, difundido e espalhando a dança através de suas alunas para diversos bairros de Fortaleza e interiores do estado.
Estamos todos extremamente felizes. É sem dúvida uma grande batalha conquistada, mas a guerra continua. O artista nunca deve perder sua militância e diligencia, arte é necessidade básica a todo ser humano e nosso foco deve ser disseminar esse ideal para todos os espaços. Se vamos ter a Graduação na capital, que tal agora começar a lutar severamente pela graduação em dança no interior cearense, que tal começar a pensar em projetos sérios que introduzam definitivamente a dança nas escolas públicas em todo o estado do Ceará, precisamos formar artistas, professores, coreógrafos, bailarinos, mas precisamos também, sobretudo da platéia, de pessoas apreciadoras da dança, aliais repito muito a palavra dança, todavia o importante mesmo é lembrar que dança é arte, e é das artes que estamos falando, é a arte a grande arma para mudar o mundo no século XXI, é ela a única que pode salvar este planeta dessa insensibilidade generalizada e dessa autodestruição imbuída em nossa realidade cotidiana.
Alysson Amâncio
16 de Dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Dança caririense em Temporada
Amigos dia 12 e 13 de Dezembro de 2009
no Memorial Padre Cicero
a Academia de Artes e Ballet Carolina Rocha
estará
apresentando:
IV espetáculo de Dança
Grand Classic
É importante comparecer, assistir, divulgar,
faz parte da Profissão do artista observar a criação do Outro,
e é Fundamental para a classe da dança Cênica caririense que nós estejamos juntos, fortalecendo uma classe, criando politicas, apoiando os projetos dos colegas e conquistando dia a dia um publico interessado e apreciador.
Divulguem
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Espaço e Foco
Desde a semana passada, dia 26 de Novembro de 2009, a Alysson Amancio Companhia de dança estar em Temporada no Teatro Municipal Marquise Branca com o Espetáculo "BR 116", Participando de um Projeto "Venha ao meu Teatro" promovido pela Secretária de Cultura do municipio de juazeiro do Norte. Aproveitando as extremas limitações do equipamento, tecnicas e espacial, resolvi me ausentar da Cena e apresentar os espetáculo apenas com os bailarinos. A principio fiquei extremamente ansioso, pois desde o inicio da Fundação da Companhia sempre dirigei a atuei ao mesmo tempo, nunca estive do lado de fora, sobretudo em uma temporada de duas semanas, porém fiquei muito feliz em ver a minha trupe de interpretes sozinhos, dançando, compondo e resolvendo os problemas circusntaciais que sempre surgem a cada apresentação, assim como poder ver com olhar de fora, como o do "publico" e perceber o que funciona bem coreograficamente e o que pode ser amadurecido.
Na verdade, eu amo dançar, ser um interprete e poder utilizar o meu Corpo como um possivel Objeto da Arte, entretanto sinto cada vez mais a importancia desde distanciamento da Cena como interprete, mesmo sentido que eu nunca estava num estado de relaxamento, mesmo nas coxias, mesmo em cena contracenando com os colegas, o olhar do diretor e coreografo era sempre mais aguçado, dançava, danço pensando na Luz, no volume do som, na sincronia das pegadas e marcações da cena, no feedback do público, na respiração Uníssona do elenco, enfim é um furacão de pensamentos e preocupações e ações conectadas na tentativa de sempre apresentar o melhor resultado do Processo para o publico.
A pesquisadora Helena Katz no Artigo "Visto de Entrada e controle de passaporte da Dança Brasileira" fala a seguinte frase " O Fato da dança acontecer no Corpo não habilita qualquer um que tenha um corpo a falar em seu nome". Acredito mesmo que Para Ser um PROFISSIONAL da Dança, seja professor, bailarino, coreografo ou diretor, é preciso estar antenado o tempo inteiro, é preciso olhar para todos lados, dentro, fora, perto e longe, é preciso estar integrado às outras areas do saber cientifico,
é preciso aprender a observar o mundo em todas as óticas, olhar para o outro com uma eterna curiosidade e principalmente estar aberto para a metamorfose, pois a Dança assim como o planeta em sua rotação e translação, assim como o Corpo com suas veias e arterias, levando e trazendo sangue, estar sempre mudando e em movimento.
Todo Dia é um novo dia para aprender.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Vá ao Teatro
A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE
Promove:
Projeto "Venha ao meu Teatro"
Espetáculos gratuitos todas as semanas de Quinta à Sabado
de Novembro à Março de 2010
no Teatro Municipal Marquise Branca
O Primeiro Grupo a se apresentar no Projeto:
Alysson Amancio Companhia de Dança
com o Espetáculo "BR 116"
Dias: 26, 27 e 28 de Novembro
e 03,04 e 05 de Dezembro de 2009
sempre às 20 Horas.
Divulguem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Histeria, todo mundo sente
Histeria, Todo mundo sente!
18 de Novembro de 2009. 15:00 horas. Um Magote de pessoas na Rua da Matriz de Barbalha em Frente à Escola de Artes Violeta Arraes Gervaiseu já deixava explicito a curiosidade de ver “Hysteria” do Grupo XIX de Teatro de São Paulo convidado da 11º Mostra SESC De Cultura. Qual seria o atrativo, a temática da peça? Ou a Criação do Grupo Paulista?
O bordão de “desliguem seus celulares”, foi dito ainda na rua, acompanhado de uma operação inicial de entrada, homens na fila, adentram primeiro, já nos espera as personagens abandonadas ao tempo, cada uma em movimentação particular. Logo em seguida chegam o restante da platéia, as mulheres. Que são estrategicamente colocadas na cena. 18 de Novembro de 1897. Começa de fato o Espetáculo.
Sanatório, o Sobrado cedido pela Escola de Artes, se mostra perfeito para tal apresentação. Arquitetura antiga, paredes claras, portas grandes, janelas altas e as atrizes se apropriam de tal forma que para nós parece que o Diretor Luiz Fernando Marques concebeu sua criação exatamente naquele lugar.
“Hysteria” é um espetáculo que retrata o universo feminino, sua evolução física, histórica e social no mundo. As cinco personagens: “Nini, Hercilia, MJ, Clara e Maria Tourinho”, contam seus casos de vida, seus sonhos frustrados, suas dores, alegrias, suas instabilidades emocionais, que as levaram a serem largadas num espaço para doentes mentais todavia a cena toma amplitude e ganha outro viés pois as mulheres da platéias, são obrigadas a interagir diretamente, pelos toques, pelos gestos, pela voz e por ações. Reação imediata de todos, mulheres e homens que embora separados por uma espécie de parede de vidro, também se afligem por medo do inesperado.
As cenas pouco a pouco se estabelecem, com as vozes, personalidades e interpretações singulares de cada atriz de Hysteria. As ações são globais, e é muito bonito de ver não somente a hora da personagem da vez, mas também a sutileza que cada atriz cuidadosamente construiu e delicadamente esparrama na cena, estando ou não no foco.
A platéia feminina de Barbalha surpreende ao embarcar sem pudores ou receios nos comandos e na regras estabelecidas no Sanatório. Doutor Mendes, o responsável geral pelo aprisionamento e liberdade de todas nunca aparece, só manda ordens, seria o Doutor o sistema padrão da sociedade que impõe e castra cada um que fuja do modelo convencional? Ou seriam nós homens ali sentados inertes. Cada um de nós, um Doutor Mendes diferente, mas que em algum momento em nossas vidas mesmo em pleno século Vinte e hum em algum momento ainda nos sentimos superiores a mulher?
Diz um velho ditado popular “De perto ninguém é normal”, outro “que atire a primeira pedra aquele que não tiver pecados”. Durante a apresentação respondendo ao comando de uma das personagens uma garota da platéia fez uma oração e aproveitou para agradecer a Deus, a oportunidade de estar ali, muitos riram!!! Aplausos para o Grupo XIX, ninguém queria estar ali, todos realmente se sentiram num Sanatório, todos refletiram sobre suas condições pessoais. Cristianismo a parte, a menina da platéia não errou em agradecer a ocasião de estar ali. Foi realmente um grande privilégio poder assistir a primorosa Obra de Gisela Millá, Janaina Leite, Juliana Sanches, Raissa Gregorio, Luiz Fernando Marques e Sara Antunes.
Todo mundo foi feito para sentir.
Que bom que sentimos!
Alysson Amancio
Charivari
Segundo o Filosofo alemão Nietzsche “Aqueles a quem a maioria das pessoas identificava como representantes da mais pura e impressionante das atitudes – com mais completo e radical repúdio aos prazeres da vida apresentavam-se, como um exemplo de uma forma extremada da orgulhosa vontade de poder”. Esse me parece ter sido o grande mote, falar de hipocrisias bastante comuns no cotidiano do sistema social, porém suavizando pelo alvoroço, jogos, brigas, metáforas e brincadeiras a proposta do Espetáculo “Charivari” do Grupo Ninho de Teatro, apresentado no fim da tarde do dia 16 de Novembro de 2009 nas ruas da pacata e tradicional cidade de Barbalha na Programação da 11º Mostra SESC de Cultura.
Fazer “Teatro de Rua” é sempre um grande desafio, pois todos na roda, elenco, equipe técnica, publico parados e passantes estão sujeitos a vulnerabilidade do acaso. É acima de tudo para os interpretes um árduo trabalho de conquista, uma extrema capacidade de saber se projetar no espaço, corpo e voz, em um ângulo finito de 360º graus. Algo nem sempre alcançado por muitos Grupos, mas que o diretor Duilio Cunha soube de forma arquitetônica construir muitíssimo bem na sua cena.
Se utilizando de uma maquiagem, figurinos, cenários e adereços chamativos e caprichosos, o diretor traz para o caos da cena aberta a simetria e a segurança de partituras cuidadosamente estruturadas que ao mesmo tempo que divertem, informam, cutucam as mascaras usuais dos seres “normais”, deixa claro que teatro bom é teatro bom. E que a rua, a comedia, as diversas experiências ou inexperiências do elenco não precisam vir a tona e ser pretexto de um trabalho cênico mal cuidado.
Desvelo, aliás é a chave de Charivari, a comitiva pomposa de Viúva, defunto, padre, diabo, sacristão, beata, bichos e tantos outros seres imaginados, puxados pelas curtas e agradáveis trilha sonoras executadas ao vivo pelos Zabumbeiros Cariris promovem na platéia um emaranhado de sentimentos, que perpassam desde os pudores de ver simulações de pênis, peitos e vaginas, até a demasiada euforia de poder ver simulações de pênis, peitos e vaginas, brincando, roçando, transando, instigando o imaginário popular que esta presente em cada ser humano, ate mesmo nos “sossegados” barbalhenses e transeuntes daquela hora feliz na Mostra Aldeia Barbalha.
È um grande deleite poder ver a estréia do trabalho do Diretor Duilio em terras cearenses, e o amadurecimento dos atores locais, que triunfantemente se permitiram sair do lugar comum, e deram vez a novos caminhos possíveis das artes cênicas. Tomara então que Charivari ultrapasse as dificuldades comuns de se fazer teatro e ganhe grandes, pequenas, estreitas e largas ruas brasileiras levando a alegria do texto de Lourdes Ramalho que para ela e para alguns traz uma visão especifica do mundo medieval, mas para mim, traz algo que se passa bem ali muito mais perto do que a gente acredita.
Alysson Amancio
domingo, 15 de novembro de 2009
A Engenharia de Doralinas e Marias
A engenharia de Doralinas e marias
O espetaculo "Doralinas e marias" convidado pela Mostra SESC de Cultura em uma caixa cênica montada no auditório do Memorial Padre Cícero em Juazeiro do Norte.CE no último dia 14 de Novembro de 2009. Encheu os olhos do público presente que teve o privilegio de assisti tal apresentação. Desde a entrada ao nos depararmos com a primeira imagem do simples, porém extremamente delicado cenário de Zuarte Junior já somos informados que belas imagens possivelmente seriam apreciadas naquelas próximas cenas. Fato consumado quando os quatro interpretes suavemente adentram o palco e rompem as tensões iniciais do inesperado, sultilmente eles sinalizam que a Obra começou.
As primeiras palavras da atriz Meran Vargens, de notável presença e maturidade cênica, dirigidas à platéia sobre qual rostos permeiam os seus imaginários, cabe bem como prólogo e ao mesmo tempo induz, convida, instiga todos a um possivel verbo, "Permitam-se", abram todos os seus poros, pois este espetáculo de memórias, que para a diretora Cecília Raiffer retrata o Universo feminino, por expelir seus medos, instabilidades emocionais, sonhos, sofrimentos e prazeres são na verdade muito mais abrangente, pois esses sentimentos são comuns a todo ser humano. Essa peça é para todos, homens, mulheres, gays, jovens, adultos e idosos, pois todos nós somos carentes e vulneraveis ao ato de viver.
A segurança inicial de Meran Vargens alegra aos espectadores e ao mesmo tempo assusta por antecipar um possivél desnivelamento dos atores em detrimento as diferença entre os interpretes, pensamentos pré-conceituosos logo serenados nos primeiros dez minutos iniciais, pois fica claro a rica colaboração individual e como a arteira, inteligente e sofisticada Cecília soube aproveitar e colocar na cena o melhor que cada um podia dar naquele momento da criação. Cada um deles, Adriana Amorim, Daniele França, Luiz Renato e Mera Vargens têm o seu momento ápice, cada um emociona por um gesto, um olhar, uma respiração precisa, que horam brilham sozinhas e horas dialogam no coletivo do elenco.
Em "doralinas e Marias", tudo é na medida certa, tudo parece ser coreografado, tudo conversa, desde a luz briosa crida pelo interprete e iluminador luiz Renato, até os toques do piano ao fundo da cena propostos por Luciano Bahia. Talvez o Folder tenha texto por demais explicativo, talvez algumas partituras não precisassem ser repetidas, ou porventura não, até isso esteja alinhado, o texto sublinha o que já está em negrito, e a cena se repete para ser como um mantra que sirva para elevar o pensamento dos menos acostumados a tais metaforas, para que todos sem exceção saiam do espetáculo em devaneios, refletindo sobre a tal realidade do tempo. Afinal "quando diz que quer ir, já foi..."
Alysson amancio
15 de Novembro de 2009
O espetaculo "Doralinas e marias" convidado pela Mostra SESC de Cultura em uma caixa cênica montada no auditório do Memorial Padre Cícero em Juazeiro do Norte.CE no último dia 14 de Novembro de 2009. Encheu os olhos do público presente que teve o privilegio de assisti tal apresentação. Desde a entrada ao nos depararmos com a primeira imagem do simples, porém extremamente delicado cenário de Zuarte Junior já somos informados que belas imagens possivelmente seriam apreciadas naquelas próximas cenas. Fato consumado quando os quatro interpretes suavemente adentram o palco e rompem as tensões iniciais do inesperado, sultilmente eles sinalizam que a Obra começou.
As primeiras palavras da atriz Meran Vargens, de notável presença e maturidade cênica, dirigidas à platéia sobre qual rostos permeiam os seus imaginários, cabe bem como prólogo e ao mesmo tempo induz, convida, instiga todos a um possivel verbo, "Permitam-se", abram todos os seus poros, pois este espetáculo de memórias, que para a diretora Cecília Raiffer retrata o Universo feminino, por expelir seus medos, instabilidades emocionais, sonhos, sofrimentos e prazeres são na verdade muito mais abrangente, pois esses sentimentos são comuns a todo ser humano. Essa peça é para todos, homens, mulheres, gays, jovens, adultos e idosos, pois todos nós somos carentes e vulneraveis ao ato de viver.
A segurança inicial de Meran Vargens alegra aos espectadores e ao mesmo tempo assusta por antecipar um possivél desnivelamento dos atores em detrimento as diferença entre os interpretes, pensamentos pré-conceituosos logo serenados nos primeiros dez minutos iniciais, pois fica claro a rica colaboração individual e como a arteira, inteligente e sofisticada Cecília soube aproveitar e colocar na cena o melhor que cada um podia dar naquele momento da criação. Cada um deles, Adriana Amorim, Daniele França, Luiz Renato e Mera Vargens têm o seu momento ápice, cada um emociona por um gesto, um olhar, uma respiração precisa, que horam brilham sozinhas e horas dialogam no coletivo do elenco.
Em "doralinas e Marias", tudo é na medida certa, tudo parece ser coreografado, tudo conversa, desde a luz briosa crida pelo interprete e iluminador luiz Renato, até os toques do piano ao fundo da cena propostos por Luciano Bahia. Talvez o Folder tenha texto por demais explicativo, talvez algumas partituras não precisassem ser repetidas, ou porventura não, até isso esteja alinhado, o texto sublinha o que já está em negrito, e a cena se repete para ser como um mantra que sirva para elevar o pensamento dos menos acostumados a tais metaforas, para que todos sem exceção saiam do espetáculo em devaneios, refletindo sobre a tal realidade do tempo. Afinal "quando diz que quer ir, já foi..."
Alysson amancio
15 de Novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
II Conferência Municipal de Cultura de Juazeiro do Norte.Ceará
A prefeitura de Juazeiro através da Secretaria da Cultura está promovendo a II Conferência Municipal de Cultura, amanhã das 8 às 18 horas, nas dependências do Teatro Marquise Branca. O evento terá como tema central: "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento."07h30 Credenciamento e Inscrição – Coffe Break;08h00 Solenidade de Abertura (Formação da Mesa);09h00 Palestra - tema central: "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento" Palestrante: Roberto Zoubel (Ministério da Cultura);10h00 Debate.Eixos e sub-eixos:1 – Produção simbólica e diversidade culturaPalestrante: Titus Benedicktus RiedlFoco: produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais e formação no campo de cultura;2 – Cultura, cidade e cidadaniaPalestrante: Cristina DiogoFoco: cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso e bem culturais;
3 – Cultura e desenvolvimento sustentávelPalestrante: prof. Hugo RodriguesFoco: a importância estratégica da cultura no processamento de desenvolvimento;4 – Cultura e economia criativaPalestrante: professor da UFCFoco: economia criativa como estratégia de desenvolvimento;5 – Gestão e institucionalidade da culturaPalestrante: Lenin do BNBFoco: fortalecimento da ação do estado e da participação social no campo da cultura;13:00h – almoço;14:00h– trabalho de grupos – eixos temáticos 1,2,3,4,5;15:00h – plenária: apresentação dos trabalhos de grupos (gts);15:30h – intervalo;15:45h – aprovação de relatório de grupos;16:45h – eleição dos delegados e suplentes;17:45h - encerramento.Inf.: 3571 5933 (hoje) 3571 2509 (amanhã).GOVERNO DA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA
3 – Cultura e desenvolvimento sustentávelPalestrante: prof. Hugo RodriguesFoco: a importância estratégica da cultura no processamento de desenvolvimento;4 – Cultura e economia criativaPalestrante: professor da UFCFoco: economia criativa como estratégia de desenvolvimento;5 – Gestão e institucionalidade da culturaPalestrante: Lenin do BNBFoco: fortalecimento da ação do estado e da participação social no campo da cultura;13:00h – almoço;14:00h– trabalho de grupos – eixos temáticos 1,2,3,4,5;15:00h – plenária: apresentação dos trabalhos de grupos (gts);15:30h – intervalo;15:45h – aprovação de relatório de grupos;16:45h – eleição dos delegados e suplentes;17:45h - encerramento.Inf.: 3571 5933 (hoje) 3571 2509 (amanhã).GOVERNO DA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Bons hábitos corporais
“Que ninguém se engane só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.”
Clarice Lispector
Clarice Lispector
Há dez meses fazendo Pós Graduação em Língua Portuguesa e Arte-Educação na URCA. No fim de semana passado tivemos um módulo de produção textual com a maravilhosa Professora Maria Eneida Feitosa. Centenas de regras à parte, como é realmente difícil escrever um texto, não importa que ele seja narrativo, dissertativo, ou descritivo, as dificuldades permanecem. É sempre necessário ter uma boa idéia, definir a forma de expressar esse discurso, manter a coerência e principalmente saber seduzir o leitor, empolgá-lo, transformar de alguma maneira a sua percepção diante do mundo. Para escrever bem, como tudo na vida, não importa o grau do talento do individuo, é preciso trabalhar incansavelmente, digitar e deletar, ignorar ou adicionar todas as dezenas de vezes que for preciso e Tornar desse oficio um hábito.
Segundo Nathaniel Emmons, o hábito é o melhor dos servos, ou o pior dos amos. Concordo plenamente com essa idéia, pois trabalhando como Professor, educador corporal, observo extremamente o quanto dia-a-dia nós seres humanos vamos acumulando tensões, nos machucando lentamente por culpa de más posturas habituais e o quanto é árduo buscar uma re-educação postural por mais saudável que seja essa nova conquista. Verdadeiras Transformações em todos os âmbitos é um processo lento, doloroso, porem ao longo dos tempos pode ser completamente gratificante.
Semana passada, iniciei um Curso de Dança Para iniciantes para jovens de 13 a 17 anos no Curso de Extensão promovido pelo Departamento de Teatro da Urca. Essa semana iniciei a Disciplina de Metodologia do Ensino da dança na UVA e dia 03 de Novembro de 2009, inicio a disciplina de Linguagem Corporal no Curso de Licenciatura em Teatro da URCA. São três turmas completamente distintas e heterogêneas, e cabe a mim fazer um planejamento especifico para cada aluno de cada uma delas, e não apenas passar um conteúdo, técnica e exercícios, mas sobretudo apresentar para esses alunos as infinitas possibilidades corporais, e como esse nosso instrumento de trabalho e sobrevivência chamado CORPO é algo precioso e que requer um eficiente treinamento que amplie nossas possibilidades psicomotoras mas de forma consciente com todos os cuidados e delicadezas que ele merece, pois como diz o Professor e pesquisador Flávio Sampaio, coluna vertebral e joelhos não vendem nas lojas americanas.
Demorei muitas semanas, para escrever no blog, ficava esperando, um acontecimento extraordinário, uma boa divulgação, uma bobagem realmente engraçada mas que pudesse ser útil para escrever um texto interessante, acabei não tendo nenhumas dessas opções, e escrevi falando do meu cotidiano e dos devaneios e inquietudes, não faço a mínima idéia se ficou interessante para vocês receptores, mas prometo, tornar desse blog um hábito e a cada dia poder ter oportunidade de tentar produzir algo útil e de alguma forma relevante.
Beijos e até a próxima.
Alysson Amancio
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Façamos da interrupção um caminho novo.Da queda um passo de dança,do medo uma escada,do sonho uma ponte, da procura um encontro!
Fernando Sabino
Depois de um longo período de processo de Criação, estreamos o espetáculo novo da Alysson Amancio Companhia de Dança “BR 116” no Teatro Patativa do Assaré em Juazeiro do Norte/CE. Após uma experiência de morar quatro anos no Rio de janeiro/RJ, Sudeste do país, sei bem que viver de arte no Brasil é uma tarefa árdua em todo o território nacional, contudo, no interior do Nordeste vejo que essa realidade é ampliada, pois quase não existe nenhuma cultura de apreciação de dança cênica na população.
Fernando Sabino
Depois de um longo período de processo de Criação, estreamos o espetáculo novo da Alysson Amancio Companhia de Dança “BR 116” no Teatro Patativa do Assaré em Juazeiro do Norte/CE. Após uma experiência de morar quatro anos no Rio de janeiro/RJ, Sudeste do país, sei bem que viver de arte no Brasil é uma tarefa árdua em todo o território nacional, contudo, no interior do Nordeste vejo que essa realidade é ampliada, pois quase não existe nenhuma cultura de apreciação de dança cênica na população.
Essa foi a realidade cultural que deixei em Juazeiro quando fui embora no inicio de 1997 e era o que eu esperava encontrar no meu retorno no final de 2006. Felizmente já pude perceber pequenos mais significativos avanços, por causas dos equipamentos, e de alguns guerreiros, bailarinos e professores locais.
Três anos depois da minha volta, e de uma luta diária para criar políticas culturais para as artes cênicas e, sobretudo a dança contemporânea através da Companhia de dança e principalmente com a Associação Dança Cariri, começo com muito entusiasmo e felicidade a perceber que todos nossos esforços, estão dia-a-dia começando a dar resultados.
Três anos depois da minha volta, e de uma luta diária para criar políticas culturais para as artes cênicas e, sobretudo a dança contemporânea através da Companhia de dança e principalmente com a Associação Dança Cariri, começo com muito entusiasmo e felicidade a perceber que todos nossos esforços, estão dia-a-dia começando a dar resultados.
Como citei no inicio do Texto, dia 02 de Outubro de 2009, estreamos “BR 116” , o novo espetáculo da Cia de dança que recebeu incentivo de montagem do Governo do Estado do Ceará e prêmio Nacional Klauss Vianna/2008, o que possibilitou um investimento fundamental para a nossa dança, a divulgação foi muito forte, de 10 000 filipetas, cartazes, bolsas, camisetas, mini-outdoors e vários “out doors” espalhados na cidade, contratamos um iluminador e fotografo da capital, podemos pagar toda a equipe de bailarinos e tecnicos e o resultado disso foi uma estréia bastante calorosa, lotamos o teatro os três dias, tivemos um publico extremamente diversificado, desde colegas da classe, até inúmeras pessoas que nunca tinham visto um espetáculo de dança pessoalmente, a cidade inteira comentado o nosso profissionalismo, enfim...
Sinto uma demasiada alegria em pensar que estamos direta e indiretamente transformando a realidade da cultura local e fazendo parte para sempre da história da dança cênica do Cariri. Pois a estréia foi maravilhosa, mas a luta é muito maior e contínua, vamos agora dançar no Teatro do SESC Crato, dias 09, 10 e 11 de Outubro de 2009, participar da VII Bienal Internacional de Dança no Teatro Patativa do Assaré, dia 21 de Outubro de 2009, vamos viajar e dança no Festival Internacional de Dança da Amazônia nos dias 28 a 31 de outubro de 2009.
Estamos cada vez mais interessados em unir forças, e um dos parceiros é a Escola de Artes Violeta Arraes da URCA para conseguirmos trazer para a região um Curso Superior de Licenciatura em Dança.
E a última novidade, para nossa grande surpresa, é que a Associação Dança Cariri, acabou de ser contemplada no Premio Nacional de Dança Klauss Vianna/2009, saiu no Diário Oficial Dia 02 de Outubro de 2009, e divulgado na midia dia 05. O que nos dará a oportunidade de trazer professores especialistas, mestrandos e até doutorandos para ministrar cursos de Juazeiro do Norte, 10 profissionais que fazem parte dos principais nomes no que se refere a dança no Brasil. São eles: Flávio Sampaio (CE), Esther Weitzman (RJ), Priscilla Teixeira (RJ), Isabel Marques (SP), Ana Vitória (RJ), Dani Lima (RJ), Lúcia Machado (CE), Paulo Caldas (RJ), Andrea Bardawill (CE) e Paula Águas (RJ.
Estamos ansiosos, orgulhosos, torcendo e acreditando que a classe da dança no Cariri saiba aproveitar o valioso saber desses professores e esse novo caminho que estamos angariando para região Pois só o conhecimento constrói um novo ser. Pelo menos é nisso que eu realmente acredito.
Sinto uma demasiada alegria em pensar que estamos direta e indiretamente transformando a realidade da cultura local e fazendo parte para sempre da história da dança cênica do Cariri. Pois a estréia foi maravilhosa, mas a luta é muito maior e contínua, vamos agora dançar no Teatro do SESC Crato, dias 09, 10 e 11 de Outubro de 2009, participar da VII Bienal Internacional de Dança no Teatro Patativa do Assaré, dia 21 de Outubro de 2009, vamos viajar e dança no Festival Internacional de Dança da Amazônia nos dias 28 a 31 de outubro de 2009.
Estamos cada vez mais interessados em unir forças, e um dos parceiros é a Escola de Artes Violeta Arraes da URCA para conseguirmos trazer para a região um Curso Superior de Licenciatura em Dança.
E a última novidade, para nossa grande surpresa, é que a Associação Dança Cariri, acabou de ser contemplada no Premio Nacional de Dança Klauss Vianna/2009, saiu no Diário Oficial Dia 02 de Outubro de 2009, e divulgado na midia dia 05. O que nos dará a oportunidade de trazer professores especialistas, mestrandos e até doutorandos para ministrar cursos de Juazeiro do Norte, 10 profissionais que fazem parte dos principais nomes no que se refere a dança no Brasil. São eles: Flávio Sampaio (CE), Esther Weitzman (RJ), Priscilla Teixeira (RJ), Isabel Marques (SP), Ana Vitória (RJ), Dani Lima (RJ), Lúcia Machado (CE), Paulo Caldas (RJ), Andrea Bardawill (CE) e Paula Águas (RJ.
Estamos ansiosos, orgulhosos, torcendo e acreditando que a classe da dança no Cariri saiba aproveitar o valioso saber desses professores e esse novo caminho que estamos angariando para região Pois só o conhecimento constrói um novo ser. Pelo menos é nisso que eu realmente acredito.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A Estréia do Espetáculo
"As coisas não mudam, nós é que mudamos.
O início de um hábito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos o ato reforça o fio, acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo e nos prende de forma irremediável, no pensamento e ação."( Orison S. Marden. http://www.webfrases.com/resultado_busca.php)
Estréia, ao pé da letra significa: Inaugurar, começar.
O primeiro dia de apresentação de um espetáculo cênico é sempre uma esperada, porém temerosa sensação. Acredito que deve ser parecido como uma mãe preste a parir, foram meses de gestação, transformações físicas e psicológicas, mas derrepente quando chega a hora do nascimento, e finalmente se iniciará uma nova do processo, por mais que tudo esteja seguro, médicos, enfermeiros, anestesistas, sempre, há uma pontinha de insegurança de alguma coisa dar errado.
Quando um artista, um grupo ou uma companhia artística entra em processo de criação são muitos os caminhos percorridos. Inicia de fato na pesquisa e concepção das idéias do Projeto, acontece então o treinamento dos interpretes, diversas reuniões de produção e equipe, captação de recursos, construção das cenas, figurino, cenário, iluminação, fotografia, divulgação nas mídias e finalmente depois desse longo e doloroso processo nasce o resultado e ai apresenta-se o espetáculo para a platéia.
Para um diretor e interpretes é um grande desafio, pois na maioria das vezes tudo é ensaiado em um espaço completamente diferente do lugar da cena, sem nenhum tipo de recurso de indumentária, iluminação, etc... E tudo isso muda completamente a composição, um simples piso diferente pode dependendo da maturidade do elenco alterar significamente a partitura das personagens. Logo, isso é mais um motivo para a tão receosa estréia. Pois os equipamentos, os teatros só nos são cedidos para marcação de luz, palco, e ensaio geral um dia antes da apresentação quando não no mesmo dia, algumas horas antes.
Pesquisar, ensaiar, estreiar e circular faz parte do oficio de um artista e são essas as etapas que ele almeja para o seu projeto. Amanhã estou estreando o mais novo espetáculo da Companhia “ BR 116” , um trabalho que felizmente teve apoio da Funarte através do Prêmio de dança Klauss Vianna/2008 e pelo V Edital de lei de Incentivo do Governo do Estado do Ceará, que foram fundamentais e solucionaram problemas absurdos da produção. Ao mesmo tempo, ao longo das nossas experiências, e com o crédito das instituições, aumenta o nosso perfeccionismo e a responsabilidade de conseguir ou pelo menos tentar fugir da mediocridade dos profissionais da arte menos conscientes. Não sei se vamos consegui nossos objetivos, não sei a casa vai ter um bom número de público, não sei a classe artística vai criticar positivamente o trabalho, não sei onde esse caminho vai dar. Só sei que o medo da estréia não pode ser paralisante. E de alguma forma apesar de todas as preocupações, não podemos perder o verdadeiro sentido da arte que é fazer do mundo, um lugar mais humano, justo e verdadeiro.
Estréia, ao pé da letra significa: Inaugurar, começar.
O primeiro dia de apresentação de um espetáculo cênico é sempre uma esperada, porém temerosa sensação. Acredito que deve ser parecido como uma mãe preste a parir, foram meses de gestação, transformações físicas e psicológicas, mas derrepente quando chega a hora do nascimento, e finalmente se iniciará uma nova do processo, por mais que tudo esteja seguro, médicos, enfermeiros, anestesistas, sempre, há uma pontinha de insegurança de alguma coisa dar errado.
Quando um artista, um grupo ou uma companhia artística entra em processo de criação são muitos os caminhos percorridos. Inicia de fato na pesquisa e concepção das idéias do Projeto, acontece então o treinamento dos interpretes, diversas reuniões de produção e equipe, captação de recursos, construção das cenas, figurino, cenário, iluminação, fotografia, divulgação nas mídias e finalmente depois desse longo e doloroso processo nasce o resultado e ai apresenta-se o espetáculo para a platéia.
Para um diretor e interpretes é um grande desafio, pois na maioria das vezes tudo é ensaiado em um espaço completamente diferente do lugar da cena, sem nenhum tipo de recurso de indumentária, iluminação, etc... E tudo isso muda completamente a composição, um simples piso diferente pode dependendo da maturidade do elenco alterar significamente a partitura das personagens. Logo, isso é mais um motivo para a tão receosa estréia. Pois os equipamentos, os teatros só nos são cedidos para marcação de luz, palco, e ensaio geral um dia antes da apresentação quando não no mesmo dia, algumas horas antes.
Pesquisar, ensaiar, estreiar e circular faz parte do oficio de um artista e são essas as etapas que ele almeja para o seu projeto. Amanhã estou estreando o mais novo espetáculo da Companhia “ BR 116” , um trabalho que felizmente teve apoio da Funarte através do Prêmio de dança Klauss Vianna/2008 e pelo V Edital de lei de Incentivo do Governo do Estado do Ceará, que foram fundamentais e solucionaram problemas absurdos da produção. Ao mesmo tempo, ao longo das nossas experiências, e com o crédito das instituições, aumenta o nosso perfeccionismo e a responsabilidade de conseguir ou pelo menos tentar fugir da mediocridade dos profissionais da arte menos conscientes. Não sei se vamos consegui nossos objetivos, não sei a casa vai ter um bom número de público, não sei a classe artística vai criticar positivamente o trabalho, não sei onde esse caminho vai dar. Só sei que o medo da estréia não pode ser paralisante. E de alguma forma apesar de todas as preocupações, não podemos perder o verdadeiro sentido da arte que é fazer do mundo, um lugar mais humano, justo e verdadeiro.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
UM NOVO BLOG
Iniciei a minha vida de blogueiro em 2006, era um movimento coletivo dos amigos próximos, onde trocavamos fotos, confidências, conselhos e dicas culturais. Na verdade eu ainda não tinha a menor noção da ferramenta poderosa e extremamente útil que estava em nossas mãos. Confudia o blog com mais um desses inumeros sites de relacionamentos que surgiam cotidianamente.
Três anos seguidos de postagens diarias, algumas com palavras preciosas, e outras com bobagens assustadoras, resolvi excluir todos aqueles inúmeros pensamentos pessoais e citações. E criar um novo Blog.
Continuo Apreciando muitissimo diarios virtuais, entretanto em tempos de twitter, facebook, orkut e tantos mais, que já exibem demasiadamente nossos momentos pessoais. Desejo agora Começar a compor algo mais parecido e dedicado as minhas atuais inquietações.
Fazer desse espaço, algo mais abrangente. Onde eu possa expor idéias mais circunspectas, questionamentos, trocas de experiências através das séries de ações que venho tentando realizar na universidade Regional do cariri e Universidade Vale do Acaraú como Professor, na "Associação Dança Cariri" como produtor cultural das artes cênicas no Cariri e como Coreografo e bailarino na Alysson Amancio Companhia de Dança.
Acredito realmente que a arte é a unica possibilidade de salvar o mundo de uma autodestruição.
Acredito que o Corpo é o nosso instrumento maior que a descobertas das infinitas possibilidades de manifestações faria do homem um ser mais inteligente consigo mesmo e com o outro.
Acredito que o Cariri é um celeiro de riquezas culturais. E que podemos cada vez mais formar pessoas, platéias, artistas, estudantes, pesquisadores conscientes do seu verdadeiro papel no mundo.
Vamos a luta!!!
Alysson Amancio
"Nada acontece por acaso, tudo é uma construção"
Autor Desconhecido
Foto de Alex Hermes
Bailarinos: João Batista e Alysson Amancio
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